domingo, 8 de junho de 2008

da-me tempo



Vida tão farta de nada


E vazia de tudo


Sonhos apenas sonhados


E nunca
alcançados


Sonambular uma vida


Sobreviver na pretidão da noite


Viver o que não
sou


Sentir o que não quero


Sorrir a mágoa


Cantar o gáudio


Quando no meu coração



pulsa a melancolia!


Oh tempo, dá-me tempo…


Desfaleço em prantos clamando tempo…


Oh
tempo, dá-me do teu tempo!


Para sonhar o que não sonhei…


Para viver o que não
vivi…


Para sentir o que reprimi…


Para chorar o que ainda não chorei…


Oh tempo,
dá-me tempo…

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